Não, essa história não é de hoje. Mas, como ela não sai da minha
cabeça, decidi contá-la. Estava voltando para casa e talvez, estivesse
transbordando em expectativas. Em pé no ônibus, vi uma menina acompanhada de sua mãe e sua irmã. A mãe estava sentada à janela, a irmã em seu colo e a menina ao
lado. A menina gesticulava e falava em tom forte, buscando dar vida aos personagens que inventou. A irmã, menor, se divertia. Adorava participar da brincadeira. A
mãe já estava cansada, cabelo bagunçado, olhar triste e distante, porém, vez ou outra, dava
um sorriso de lado. E a menina continua: ora era pirata, outra ora
capitão, e sei lá quantos outros que não consegui identificar. Ela usava
óculos. Diante daquela cena, tive uma certeza: Que a imaginação é mais importante
que o conhecimento, sim, como já dizia a velha e clichê frase de Albert Einsten.
Isso porque, o conhecimento se aprende com a malícia de se obter algo em troca.
Seja dinheiro, status, enfim... A imaginação não. É um ato bem mais humilde e
humano, desprendido de recompensas sociais, apenas intimas ou divididas, como
foi o caso. O problema é que crescemos e muitas vezes nos tornamos a descrição
da “mãe”. Não temos mais a inocência de imaginar, de criar, de ver o novo, principalmente, frente a situações difíceis. Isso, passa a ser
exclusividade das crianças. Até porque, a imaginação pode ser muito perigosa,
se tomada por adultos. Eles tendem a confundir imaginação com ilusão. E acabam
por achar que ela não é necessária, o que é um enorme erro que o conhecimento nos faz cometer.
Até Mais!
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