“Tudo
o que sentimos é uma reação a estímulos” foi uma amiga
que disse. Cada um interpreta o que sente de acordo com suas vivências e
valores. De alguma maneira, quase que intuitiva, sabemos que é assim.
“Na aula de hoje, ao invés de texto, vamos treinar nossa habilidade
para interpretar pessoas, afinal são elas que estão por atrás do que lemos. Escrevam
em seus cadernos e troquem entre si.”
Depois de conversar sobre isso, tive esse devaneio, que pela
profundidade, tão logo virou sonho de infância. Será possível interpretar o
modo como os outros enxergam o mundo? Me perco tão rápido pensando nisso.
Amar demais é minha forma de sentir, de respirar, de existir
e a culpa é toda minha, por ter aceitado que o amor fizesse parte de mim. Sei
lá, vai ver achei que este fosse um sentimento bonito, humano, divino. Talvez
até seja e, por isso, é tão terrível eliminá-lo.
Pode ser que não seja, ou ainda que se trate de mim mesma, mas são tantas as tentativas de não magoar aqueles que me cercam.
E já chega. Quando a gente levanta da cadeira e começa a
pensar, aí é que acaba um texto e começa outro.