Quem nunca se perguntou isso, após olhar fixamente por
algumas horas pra tela de um computador? Saber que existe inúmeras possibilidades
ali dentro, confunde, dá medo e até assusta.
Perdendo ou conquistando, a pergunta é sempre a mesma, “E
agora?”.
Essa parece ser a nossa geração, um constante envolvimento
entre o tudo e o nada.
Foi muita pretensão minha querer ter feito diferente. Eu
poderia ter nutrido minha ambição ou minha saúde, mas isso não bastava. Então,
sem nenhuma prevenção, mergulhei na vontade me sentir melhor, sempre. Outro
problema, pois, nessa realidade fragmentada, nada é para sempre.
O problema é que os bares não são como nos filmes, onde
alguém de repente se senta ao seu lado e puxa conversa. Talvez, um dia até
tenha sido, mas não é mais.
E vejam vocês: Cá estou eu esperando uma atualização
qualquer, alguém que me diga “Hey, posso salvar o seu dia?” Mas as coisas não
funcionam assim, alias, desconfio até que as coisas funcionem.
Dentre ruas estranhas parece não haver nada além
de um lugar inabitado, para invadir e se esconder por algumas horas, no auge de
um instinto animal feito um gato.
Há quem diga que tudo isso é besteira, mas besteira ainda
maior é ignorar tudo isso. Desconfio que a vida esteja naquilo que a gente não
diz.