Quem nunca pensou: “Não se fazem bandas de Rock and Roll como antigamente!”. Mas, por que não?
A música está ficando cada vez mais distante do contexto histórico e social. Até alguns anos atrás, as temáticas musicais acompanhavam as grandes transformações que ocorriam no mundo. Com o passar do tempo, “a imersão da obra de arte desapareceu”.
A música “Geração Coca-Cola” é um exemplo que ilustra essa afirmação. Escrita por Renato Russo e gravada pela banda Legião Urbana, a música faz referência ao capitalismo e consumo. A Coca-Cola figura o começo da globalização, momento pelo qual o país passava no começo dos anos 80. Além dessa música, os “refrigerantes” também apareciam em outras canções, como Terra de Gigantes, Engenheiros do Hawaii, lançada um pouco mais tarde, em 87.
De volta para os tempos atuais, a internet facilitou e democratizou o acesso para baixar e compartilhar músicas e bandas, novas e antigas, dependem apenas de shows para ganhar dinheiro. A música não é mais objeto de domínio e nem lucro, de uma sociedade, e não há estimulo para grandes personalidades se desenvolverem.
Por um lado, a Indústria Cultural explora músicos para vender ideologias e criar fãs fervorosos, e por outro, sem isso, perdemos a oportunidade de conhecer músicos incríveis, agora, perdidos por aí, submersos as novas tecnologias digitais.
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