Não há uma fórmula certa ou errada para contar uma história, mas se tratando da cinebiografia de um dos poetas mais importantes da música brasileira, Renato Russo, talvez, o que se espere, seja sentir e compreender um pouco da relação entre sua personalidade e sua obra.
A primeira vista, a descoberta do punk, a criação dos grandes sucessos e a
formação da banda Legião Urbana, trazem beleza ao filme “Somos tão Jovens”, que
explora a juventude de Renato Russo. Porém, o filme peca pela falta de dosagem, com personagens "clichês", beirando o cômico, em um modelo televisivo demais, e pouco cinematográfico. Em alguns momentos, fica difícil achar
que o Renato retratado no filme, é o mesmo que escreveu “Índios”.
A banda Legião Urbana é um dos alvos preferidos dos projetos
comerciais midiáticos. Antes do filme, a tentativa foi realizar um tributo à banda, com o Vagner Moura nos vocais. O problema foi que ele não
conseguiu segurar às canções, decepcionando os fãs e relevando que a
única preocupação do tributo, era comercial.