Sabe aqueles vídeos caseiros que, apesar da baixíssima qualidade, conseguem inúmeros acessos no youtube?
Nesse universo, é possível encontrar desde ótimas produções, até produções extremamente ruins, mas que despertam a atenção de muita gente e chegam até mesmo a desbancar, em acessos, grandes produções comerciais.
Nos anos 60, "Uma câmera na mão e uma ideia na cabeça" era o lema do Cinema Novo. Alguns cineastas brasileiros, afim de retratar a realidade do país, começaram a produzir filmes independentes, com baixo orçamento, influenciados pelo cinema francês e italiano.
Não que o Cinema voltado ao entretenimento, conhecido na época principalmente por Mazzaropi, por exemplo, fosse ruim, apenas era oposto a estética autônoma do Cinema Novo. É interessante perceber, como o conceito, desse movimento do Cinema Novo, se reflete na internet.
Hoje, com tecnologias digitais disponíveis para boa parte da população e a um preço relativamente baixo, o desafio não é mais o recurso, mas sim a ideia, e o quanto essa ideia se identifica com o público, quesito também conhecido como "simpatia". Essa "simpatia" é o que muitos vídeos tecnicamente ruins, provocam nas pessoas.
Hoje, com tecnologias digitais disponíveis para boa parte da população e a um preço relativamente baixo, o desafio não é mais o recurso, mas sim a ideia, e o quanto essa ideia se identifica com o público, quesito também conhecido como "simpatia". Essa "simpatia" é o que muitos vídeos tecnicamente ruins, provocam nas pessoas.
A luta pela liberdade de expressão, impulsionou grandes movimentos brasileiros como o Tropicalismo e o Cinema Novo, que nasceram em períodos de alto militarismo. O engajamento social do Cinema Novo foi um dos pontos responsáveis por torná-lo parte da história do cinema brasileiro, mas e quanto a estética da produção de vídeos atual? É possível defini-la?
O importante disso tudo, é utilizar a tecnologia em favor das pessoas, valorizando ideias e não somente técnicas.
Glauber Rocha e a tecnologia do Play |