Eu nasci conectada. Não sei dizer como é a vida fora dessa “prisão digital”, pois só o que conheço, é essa superexposição de pessoas reclamando de solidão, submersas a uma infinidade de números-amigos.
Minha vida não é cronológica. Em um determinado momento, tudo está ótimo, e de repente a cena acaba, e acasos, dos quais eu não possuo nenhum controle, invadem minha realidade. Vai ver “ela” até sabe que eu não estou procurando uma perfeita sequência de fatos, e por isso embriago minha visão de vez em quando, tiro tudo da ordem, só para depois recolocar como eu bem entender, pois se a vida não é cronológica, por que eu deveria ser?
Eu trabalho de inventar atividades. Tudo isso, é um marasmo disfarçado de ocupação, mas ainda sim, prefiro continuar esperando por uma função, do que ter funções demais, e ver gente demais.