Acontece que, naqueles tempos de escola, quando a gente conhece
alguém, tem mania de colocar vírgula em tudo, achando que vírgula significa pausa e impede a gente de se
prender muito cedo em um relacionamento sério demais. Por outro lado, a escolha da vírgula é apenas falta de coragem para colocar um ponto
final na história, porque quem sabe vocês não se encontrem por aí, em um barzinho ou uma festa? Enfim,
na faculdade a gente descobre que aquela vírgula não significa pausa, mas sim, que foi
milimetricamente planejada para situações especificas e que se usada de
qualquer maneira, pode colocar tudo em risco.
Aí vem as interrogações, fruto de amores mal
revolvidos. Se tratando deles, tudo soa como uma vaga tentativa de dizer alguma
coisa em modo imperativo, decisivo, abandonar os olhares e partir para o
ataque, com exclamação no final. Mas aí, passa.
Por mais estranho
que pareça, esses nossos sinais, são pontuações conectadas, e formam as regras
para um romance desregrado, que não necessariamente precisa de um par.
Transmitir sinais
não exige ser ponto ou vírgula.
É possível ser os dois, uma mistura intuitiva.
Não me entenda
mal. O que eu quero dizer, é que o melhor de qualquer "caso", é
transformá-lo em uma poesia, talvez em um conto, de uma ou duas páginas e meia,
o suficiente para revelar as mais improváveis intenções que existiram. Só que... Se aquele alguém continuar invadindo seus pensamentos, a poesia ou conto vai
ganhar mais e mais páginas, até virar um livro, o primeiro romance de necessita
de uma pessoa só.